segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

PRA QUEM GOSTA

Bom, essa postagem é definitivamente pra quem gosta de arte. Primeiramente que nem todo mundo conhece meu blog, prefiro amigo bons críticos do que desconhecidos que não sabem se quer o que falam.
Não! Este carão não vai pra ninguém! E sim! Se vc se ofendeu é pra vc sim!
Sei que não tenho postado muitas coisas em meu blog, e que faz muito tempo desde a ultima postagem, mas vamos pensar um pouco... sou estudante de artes visuais, estou no ultimo ano do curso, TCC, e ainda tem teatro, casa, trabalho, dinheiro (ou a falta que ele faz)... e mais uma série de complicações da vida adulta!
Aff!
Mas esta postagem é para falar que neste final de ano estou muito feliz!
Feliz por conseguir estabilidade, por ter saido da toca (pelo menos a CABEÇA) e caminhar com minhas próprias pernas, isso é muito bom!
Fica aqui então os meus votos de um Bom Natal e um ano melhor ainda!
Beijos a todos

Joana Sena

domingo, 21 de junho de 2009

Metade

E que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca,
Porque metade de mim é o que eu grito
e a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe seja linda,
ainda que triste.
Que a mulher que eu amo
Seja para sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida
E a outra metade é saudade.

Que as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece
Nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos,
Porque metade de mim é o que ouço,
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calmae na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste!
Que conviva comigo mesmo
E se transforme ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto
um doce sorriso que me lembro
ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui;
e a outra metade não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo,
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar,
Porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia,
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é amor
e a outra metade também.
Osvaldo Montenegro